segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

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segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Mulheres não ocupam cargos políticos porque não gostam de política?

Um amigo argumenta que as mulheres não gostam de política, e é por isso que tem menor representação política na sociedade. Fundamenta esse argumento no fato que as mulheres não gostam de debater política com ele e que ele raramente às vê tendo debates sobre o tema. "Tenho muitas mulheres na família e a maioria não se interessa por política, por isso há poucas mulheres na política".

Vamos analisar? 

Estamos trabalhando com argumento circular aqui. O ponto clássico do feminismo é que as mulheres tem menos oportunidades que os homens. Isso ocorre, segundo elas, principalmente pela questão cultural. Desta forma, para o feminismo, a cultura leva as mulheres a participarem menos da política. Isso acontece de milhares de maneiras, entre elas, por exemplo, quando os homens ficam na sala discutindo política, e elas ficam na cozinha lavando a louça. A menina de sete anos vai no curso da igreja e começa a dar ordens para o grupo de crianças dessa idade, o pastor diz ao pai que ela é "mandona". O menino faz o mesmo, o pastor diz ao pai que ele é "um líder natural" e o convida para o curso de oratória da igreja. Estou inventando o exemplo, mas você acha improvável que seja assim? Há mais pastores homens que mulheres, será que isso ocorre apenas porque "mulheres se interessam menos por religião"?

Desta forma, o  argumento, constatei que "mulheres se interessam menos por política", não discute o ponto das feministas.

O ponto não é se elas se interessam menos, mas "POR QUE?". As feministas dizem que isso ocorre por questões culturais e que deve ser um esforço da sociedade mudar essa cultura, para que aquele imperativo moral se realize (todos devem ser ter oportunidades iguais e tratamento igual). Parte-se do princípio que a sociedade deve fazer um esforço no sentido de combater os aspectos culturais que são vistos como prejudiciais (por exemplo, ninguém discute que corrupção aqui é um fator cultural, e da necessidade de mudá-lo). Desta forma, se justificam ações para buscar aumentar essa participação política ou mesmo para mudança cultural.

Não quero dizer com isso que seja impossível que as mulheres realmente sejam geneticamente menos propensas a gostar de política. As mulheres são geneticamente mais propensas a serem mais baixas que os homens (há mulheres muito altas, mas uma mulher de altura media feminina será mais baixa que um homem de estatura média masculina), e portanto não é impossível que os gostos tenham também razões genéticas, MAS...

Assumir que É assim e que as mulheres tem menos participação política apenas porque "elas não gostam de política" é matar a questão na base da opinião rasa e do raciocínio circular.

Exemplificando:

As mulheres gostam mais de rosa. Pergunto, isso é um aspecto cultural ou genético?
A resposta análoga seria:
Mulheres gostam naturalmente mais de rosa, posso garantir porque vejo várias meninas vestindo rosa, minha mãe gosta de rosa, os quartos de meninas são pintados de rosa e poucos homens usam rosa. 
Entendeu o ponto?

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Para quem chegou agora...

Em 1994 FHC (governou de 1995 até 2002) foi eleito com meu voto. Em minha ingenuidade juvenil, acreditava que o PT e o PSDB, partidos que eu via como honestos, iam se livrar daquelas “velhas elites agrárias”, associando-se e governando. Estava enganado. O PT continuou na oposição (votando até contra a constituição) votava sistematicamente contra tudo, era contra Bolsa Família (disponível em http://www.youtube.com/watch?v=Sy4kjF-7anw), CPMF, juros altos, etc... como dizia Lula “não se associava a “escumalha” do PSDB”. Fernando Henrique, por razões questionáveis e também pragmáticas, associou-se a real “escumalha”, fisiologistas do PMDB e do DEM, para compor maioria e governar. Motivos pequenos moveram o congresso e os anões fizeram a festa. Em 1998 já não era possível dizer que você havia votado no FHC na USP sem ser considerado um bandoleiro e Lula falava em governo paralelo. A seita do PT reinava e o mundo usava estrelinha no peito. Graças a Deus nunca cheguei a tanto.

Em 2002 votei no Lula, meio a contragosto. Sabia que o projeto do PSDB era discutível, mas não era ruim, e parte de seus problemas vinham da instabilidade que criava o “risco Lula”. O dolar, só pra exemplificar, ia a quatro reais, pois os investidores com medo da esquerda tiravam o dinheiro do Brasil. O governo Lula foi tudo o que não se imaginava... ele deu continuidade a todas as políticas do PSDB que questionava, juros altos, aumento de impostos, assistencialismo e desenvolvimentismo. Para governar, também não chamou o PSDB, preferindo associar-se a velha escumalha de sempre (Sarney, Collor, PMDB...). A pilhagem rolou solta, mas por outro lado, os investimentos externos e o não cumprimento das promessas de campanha (reforma agrária por exemplo) fizeram com que o mercado parasse de ter medo do PT e finalmente o país crescesse com investimento externo. Desde então o dólar cai mês a mês, o que compromete a posição concorrencial do País. Ficou absolutamente óbvio que o PT não tinha objeções ao projeto do PSDB, contanto que eles estivessem pilotando o navio pirata.

Agora, em 2010, a situação é a seguinte: O Serra mentiu descaradamente nos últimos anos, só para ver se consegue sentar no trono, o exemplo mais simples e mais marcante é a tal carta se comprometendo a não sair do cargo no meio do mandado para concorrer a outro cargo, mas há outros exemplos, como a pilantragem que ele fez em cima dos usuários dos planos de saúde. Quem vota no Serra o faz porque acha que ele não vai cumprir as promessas de campanha como dar aumento para o funcionalismo e que é assim mesmo, tem que jogar sujo para se eleger, ou seja, mentir virou atributo positivo.

Do outro lado a mesma coisa, e vemos Dilma mudando de opinião sobre o aborto porque ela não vai chegar lá se falar o que pensa. Também os eleitores de Dilma acham isso normal, mas com um pouco menos de racionalidade atribuem essa questão ao “fascismo do PSDB”.

Em resumo, nessa eleição, estamos decidindo apenas quem vai dividir o BUTIM e é SÓ. Você quer um navio pirata com bandeira de estrela vermelha? Voto no que não vai ser eleito, para mandar meu recado para o eleito. Se o Serra estiver na frente, voto na Dilma, como a Dilma está na frente, voto no Serra. Feliz mesmo, só se ambos empatarem e depois se envolverem numa colisão área caindo em cima do companheiro Michel Temer e do amigo Indio, situação em que o presidente da câmera assume, provavelmente o Sarney! Opâ, nem assim serei feliz!

domingo, 3 de outubro de 2010